Idolos...

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UM SALTO PARA O FUTURO - JOÃO RICARDO

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terça-feira, 19 de janeiro de 2010

O SERTÃO DO CAMPO GRANDE

No Século XVIII, por volta do ano de 1733 deu-se a Conquista do OESTE da Capitania das Minas Gerais. Tal empreitada das mais espetaculares na historia da Conquista nossos Sertões foi alavancada pela participação de membros do Bandeirantismo Paulista. De especial referencia a lendária figura do Bandeirante FERNÃO DIAS PAES LEME . Contudo, já em 1736 existem registros da concessão de Sesmarias para os abridores da Picada de Guayaz (ou Goyas) , com referências ao capitão-mor Manuel da Costa Gouveia, Cel. Antonio Magalhães Godói, Pascoal Leite e outros. Datam de 1819, os registros do naturalista francês Auguste de Saint-Hillaire sobre a Região do Campo Grande, intitulados pelo próprio autor como : " Voyage aux souces du rio S. Francisco e dans la provincie de Goyas". Referencias estas dadas aos costumes da gente encontrada durante a viagem daquele pesquisador, quando de sua passagem pela antiga Picada de Coyas. Para a Região do Campo Grande se convergiam inúmeros caminhos oriundos das províncias de São Paulo, Minas Gerais, Rio e Goiás. (destino e retorno). Geograficamente tal região se situava entre as vertentes do Rio Grande (Região do Rio das Mortes ) e as do Rio São Francisco (Serra da Canastra). Portanto ,assim, diversos caminhos convergiam para o tronco central da velha picada que se dirigia para Goyas. Existem, inclusive, referencias deste um tronco principal, também denominado como Estrada Real. Contudo, embora a origem de tal Caminho, em seus primórdios , tenha sido traçado na busca do Ouro, sua posterior riqueza encontrou forte vigor nanas atividades agro-pastoris . Embora o ouro fosse metal precioso encontrado em abundância, ainda na forma de aluvião , logo viria a exaurir. Embora a atividade mineradora tenha ocorrido nos córregos e ribeirões da região do Rio das Mortes e de Goyas, certamente na Região do Campo Grande, ela não era a uníca fonte de riqueza. Ali consolidou-se mesmo, foi o desenvolvimento da agricultura e da pecuária. Posteriormente, com exaurimento das minas de ouro, tudo se transformou da noite para o dia. E a região do Campo Grande tornou-se importante centro abastecedor de gêneros alimentícios para a Corte Portuguesa, que já em 1808 instalava-se na Província do Rio de Janeiro. Daí o fluxo constante entre a Região do Rio das Mortes e a Picada de Goyas. Surgem então dois Grandes vetores : O Caminho Velho que vindo de São Paulo - passando o Vale do Paraiba - Taubaté , pela Garganta do Embaú na Mantiqueira, região de Passa Quatro alcançava a Picada de Goyas. E, o Caminho Novo partindo da cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro, passando por Barra do Piraí, Juiz de fora, Barbacena, São José Del Rei (Tiradentes), São João Del Rei e seguindo o Rio das Mortes até Ibituruna daria também na Picada de Goyas . Não se imagine que a conquista do Campo Grande foi um empreitada fácil. Primeiro, porque a Região era habitada por Negros Quilombolas fugidos dos açoites dos Capitães do Mato. E, segundo pelo importante fluxo de mercadorias e outro que circulavam no lombo de burros, pela picada de goyas. E, os negros fugidos eram conhecedores da passagem de comitivas e viajantes carregados de ouro e pedras preciosas, produtos importados, tecidos, sedas e lã. Não se pode esquecer inclusive, que eles próprios passaram por ali, conduzindo tais riquezas sob o açoite de seus feitores. E, quando fugidos passaram a espreitar e a rapinar tais riquezas. Ademais outros negros fugidos das grandes fazendas e da mineração empobrecida associaram-se aos remanescentes de tribos indígenas, para melhor espreitar os viajantes. Dai ser o Campo Grande local ideal para os saques, pois inúmeros eram seus desfiladeiros. e esconderijos. A historias do combate aos quilombolas do Campo Grande acha-se, inclusive registrada na revista do Arquivo Publico de Mineiro. Posteriormente por este caminho na Região que denominou-se Triângulo Mineiro surge o "Arraial da Farinha Podre", atualmente Uberaba. Nascendo, assim, da antiga Picada de Goyas (ou Guayas) o vértice da atividade pecuária no Estado de Minas Gerais, consagrada hoje, após a introdução e o cruzamento de novas raças de gado oriundo da Índia. isto, já no princípio do Século XX. Merecem aqui referencias bibliográficas sobre a matéria as pesquisas histórico-literárias empreendidas nas obras : "História de Oliveira" de autoria de L. Gonzaga Da Fonseca - 1961 - Edição Centenário e, recentemente os escritos da Professora Márcia Paiva Carvalho & Mário Lara, em "Nas Trilhas do Jangada" - ano 2005 - Lastro Editora e, ainda "Nos Confins Do Sertão da Farinha Podre" do mesmo Mário Lara - Ano- 2009.

Um comentário:

  1. CELESTINO!!! ADOREI SEU BLOG! EH UM MEIO DE APRENDIZADO E TANTO... CLARO FAZ JUS A SUA PROFISSAO... EMBORA EU NAO TINHA CONHECIDO ESSE LADO...
    AGORA FICO ME PERGUNTANDO, EU ME LEMBRO DO RIO DAS MORTES, QDO IAMOS PRA S.J.DEL REY, SEMPRE PASSAVAMOS SOBRE ELE... E VC NUNCA ME CONTOU SOBRE ESSAS HISTORIAS, SOBRE A ESTRADA REAL, ENFIM... PQ?

    POSTE SEMPRE, E EU SEMPRE PASSAREI POR AQUI PRA DEIXAR MEUS COMENTARIOS, CRITICAS E ELOGIOS!

    E CLARO VOU AJUDAR A LEVAR ESTE SITE AO CONHECIMENTO D OUTROS...

    BJS CELESTE!!! TE AMO MEU SEGUNDO PAI!!! FICA COM DEUS! MIUCHA.

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