Idolos...

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UM SALTO PARA O FUTURO - JOÃO RICARDO

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quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

ÁRVORES CONDENADAS

Há algum tempo venho me dedicando a pesquisar o passado. Não sei se provocado pelo caos cotidiano do tempo presente ou pela desesperança de expectativas futuras. O certo é que venho bebericado nas águas de uma verdade profunda, fecunda e infinita: a Lembrança. Não a lembrança saudade. Mas, sim a lembrança certeza. Força estranha que liberta a alma e acalma os sentidos. E, é justamente neste caldeirão de emoções que releio o passado. Por sorte chegou-me às mãos os Dados Históricos registrados pelo médico Dr. Henrique Monat, que datam de 1891 (Séc. IXX). Fantástica obra que conta toda a tragetória do descobrimento das Águas Virtuosas (Águas Santas) do Distrito de Baependy, já conhecidas como Águas de Caxambu (Nossa Senhora dos Remédios de Caxambu). É salutar ler Henrique Monat e descobrir que o velho médico ainda no Século IXX demonstrava preocupação com o desmatamento. É dele as seguintes observações captadas em sua monumental obra dedicada a Caxambu : " ... Critico , por exemplo, o modo barbaro por que se tem destruido a vegetação em Caxambú; mas a Camara Municipal de Baependy bem e poderá responder que na Capital Federal a senha é destruir também as árvores das ruas , das praças e dos arrabaldes. Em París a imprensa occupou-se há poucos mezes da conservação de um arbusto, que nasceu sobre os telhados da Grande Opera; na Câmara Municipal do Rio de Janeiro ficou approvado que as arvores compromettem a estetica, embaraçam a circulação e talvez até sejam anti-hgyenicas. Abatendo as arvores das suas praças, o Rio terá portanto alguma semelhança com Madrid; derrubando as que cobriam a varzea, Caxambu terá adquirido mais um termo de comparação com a rua do Ouvidor. Não é progredir?"
"...Entretanto todo aquele espaço foi coberto por uma matta impenetravel, não há muitos annos ainda! Não existem mais ali vestigios de araucárias , dos pinheiros, dos cedros gigantescos, que, entrelaçados por lianas intermináveis encobriam todo aquelle sítio, tornando-o inacessivel . Quasi tudo foi destruido, e, as raras árvores, que resistiram à devastação barbara estão sendo derrubadas.
De qualquer dos lados , para que se volte, o viajante vê córtes vivos, que se estão fazendo nos morros; nas partes baixas, aterros, formando immensas manchas avermelhadas a contrastar com o verde escuro do bosque, as paredes brancas das casas e a terra cinzenta dos morros, despidos de vegetação.
Os prédios destacam-se dos córtes de barro vermelho, sem uma árvore em sua visinhança, sem um projeto sequer de jardim em redor." (Obs: grafia original do texto preservada).
Assim, o discípulo de Hipocrates, Dr. Monat, conclui suas observações : "Oxalá as minhas críticas contribuam para o bem estar dos touristes e doentes! Mas não é só a Camara de Baependy que devo acusar. Tudo quanto depende da administração pública é ainda muito rudimentar."
Palmas, para o Dr. Henrique Monat. Palmas que ele merece. Pois, imaginar que ainda no Século IXX (1891), alguém já compreendia a importância de uma árvore é realmente crer em DEUS.





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